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sábado, 30 de julho de 2016

A cura pelo som

Novas formas de cura vêm sendo descobertas dia a dia, e o som têm se mostrado um remédio natural muito efetivo, não invasivo e sutil. Este artigo oferece uma breve introdução a este vasto assunto, com o objetivo de abrir os caminhos do leitor para a sua própria pesquisa e aprofundamento neste fascinante tema.
O som é utilizado de forma sagrada pela humanidade há muitos séculos. No Novo Testamento, Evangelho de João, lemos: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus (João 1, 1)”. Ainda na Bíblia, agora no Velho Testamento, lemos no Livro do Gênesis: “E Deus disse: haja Luz”. Os Vedas da tradição Hindu escreveram: “No início era Brahma que era a Palavra. E a Palavra é Brahma”. Os índios Hopi contam a história da Mulher Aranha, que cantou a Canção da Criação para os seres inanimados da Terra, trazendo-os para a vida. Para os aborígenes australianos, o som do Didgeridoo foi que criou o mundo.
Todas as grandes civilizações conhecidas utilizaram o som e a música como forma de cura. As civilizações Egípcia, Hindu, Grega e Tibetana, entre outras, tinham um vasto conhecimento em como aplicar os sons para este fim. Os monges tibetanos são um exemplo vivo disto até hoje, com seu canto gutural, “gongs” e tigelas de metal. Os aborígenes australianos utilizam o didgeridoo para cura e os nativos americanos usam a entonação e sons repetitivos com instrumentos criados a partir da natureza (p.e. o tambor) em cerimônias sagradas.
Os sacerdotes do Antigo Egito sabiam como usar os sons das vogais para ressoar seus centros energéticos ou chakras. Eles acreditavam em uma ligação direta entre as diferentes partes do corpo e sons específicos.
Para os índios tupi-guarani, a palavra é a fonte da criação: “Até que então ele olha para o céu, suspira, e lhe vem na mente uma palavra: - Arara. Assim surge a primeira arara no mundo.” (1)

Tudo o que existe está em um estado vibracional, matéria viva ou inanimada. Esta é uma verdade que não é uma descoberta dos físicos modernos. Todos os sábios, mestres e curadores da antiguidade conheciam os segredos da natureza e sabiam que tudo que existe vibra. Este é o Terceiro Princípio do Hermetismo, o “Princípio da Vibração”: “Nada está parado; tudo se move; tudo vibra”. (2)
O som é uma forma de vibração mecânica, isto é, existe um movimento das moléculas de ar que acontece da origem até o destino da vibração. Por exemplo, quando falamos, ou emitimos qualquer tipo de som pela nossa boca, disparamos uma vibração mecânica com o ar que expelimos de nossos pulmões, modulado pelas nossas cordas vocais, que chegam até o aparelho auditivo de quem está nos ouvindo. Não só isso: atinge também outras áreas do nosso corpo físico. O mesmo acontece para instrumentos musicais, ruídos de automóveis, e qualquer outro tipo de som/vibração que atinge o nosso corpo.
musica e som

A medida de um som é dada pela sua freqüência e amplitude (volume). A unidade de medida da primeira é Hz (Hertz) e da segunda dB (decibéis). Quanto mais alto o volume de um som, maior o número de decibéis, e vice-versa. Existem valores limite onde podemos ter comprometimento da nossa audição, ou mesmo perda.Um ruído de turbina de avião está em torno de 140 db, que já está no limite de dano auditivo dependendo do tempo de exposição (você pode instalar em qualquer smartphone aplicativos gratuitos que medem os decibéis).
Para um determinado som, a freqüência pode ser compreendida como a quantidade de ciclos (picos e vales) por segundo (1 Hz = 1 ciclo por segundo). Como uma média, o ser humano ouve sons de 20 Hz a 20.000 Hz, ou 20 Khz (kilohertz). Sons mais graves são sons de freqüências mais baixas, e sons mais agudos são sons de freqüências mais altas.
Golfinhos e baleias se comunicam nas águas dos oceanos emitindo sons com freqüências de até 180.000 Hz (180 Khz). Humanos mais jovens ouvem sons que adultos não ouvem. O fato de não ouvirmos um som não significa que ele não está presente. Pessoas muito sensíveis podem ouvir sons que outros não conseguem.

Ressonância é o estado de vibração natural de um determinado objeto ou ser. Cada “coisa” possui a sua freqüência de ressonância: o dispositivo que você está lendo este artigo agora, sua mão, seu coração, a cadeira na qual você está sentado e até mesmo o ambiente no qual você se encontra.
Cada um de nós possui uma freqüência de ressonância, que é o resultado de todas as interações entre as freqüências de todos os nossos órgãos, e também de todos os nossos pensamentos e emoções (que também são vibrações). Quando bebês, vibrávamos em uma freqüência natural (ótima) de ressonância, resultado do funcionamento perfeito desta incrível orquestra que é o corpo humano. À medida em que crescemos e desenvolvemos hábitos e crenças, vamos aos poucos perdendo contato com esta freqüência ótima de funcionamento.
O terapeuta do som Jonathan Goldman compara o corpo humano a uma orquestra muito bem afinada, que produz uma música extremamente agradável. Mas o que acontece quando o segundo violino da orquestra perde a sua partitura e começa a tocar no tom e ritmo errados? Rapidamente isto afetará a seção de cordas, e logo toda a orquestra tocará uma música horrível. (3)
Esta música desafinada, a doença (dis-ease, em inglês), é na verdade uma parte do nosso corpo vibrando fora da harmonia com o todo. A solução da medicina alopática poderia ser dar uma pílula para o violinista dormir. Mas o que aconteceria se, ao invés disso, nós devolvêssemos a partitura para o músico, fazendo com que a orquestra toda volte a tocar uma bela música? Assim, a essência da cura pelo som é isso:
projetar vibrações harmoniosas que fazem com que a parte doente volte a vibrar em harmonia com o todo.
Todas as formas de cura pelo som utilizam-se deste princípio, emitindo ondas sonoras harmônicas a partir de um instrumento (incluindo a voz humana), de forma a fazer com que a parte doente “lembre-se” da sua freqüência natural (ótima), trazendo-a para o estado saudável.
Na década de 30, com um equipamento desenvolvido por ele próprio, o médico americano Raymond Rife conseguiu curar 16 pacientes com câncer terminal através do uso da Ressonância Coordenada, uma forma de submeter células cancerígenas a determinadas freqüências, até que morram (4). Apesar de ser desacreditado pela comunidade científica devido à influência da indústria farmacêutica, e ter morrido no ostracismo, ele inspirou e ainda inspira muitos ao redor do mundo a usar o poder do som para a cura.

O encadeamento (entrainment) é uma outra característica muito importante da cura pelo som. Acontece quando as vibrações mais poderosas de um objeto (ou corpo, ou “coisa”) afetam outro objeto, fazendo com que eles entrem em sincronismo. Foi observado pela primeira vez pelo cientista holandês do séc. XVII Christian Huygens, que percebeu que os pêndulos de dois relógios colocados um ao lado do outro começaram, depois de um certo tempo, a oscilar em ritmo e fase idênticos.
Podemos notar facilmente o encadeamento quando estamos com raiva. Se lembrarmos de respirar profundamente algumas vezes prestando atenção, a raiva diminuirá devido ao fato de que o ritmo da respiração encadeará uma emoção de calma e tranqüilidade. Outro exemplo é que normalmente mulheres que convivem por um tempo juntas começam a menstruar mais ou menos na mesma época.
Na cura pelo som, o encadeamento acontece quando o paciente fica em uma posição receptiva às vibrações produzidas por qualquer instrumento, seja uma Tigela de Cristal de Quartzo, um didgeridoo, um gong ou um tambor, ou a voz humana. Toda a fisiologia e relação mente-corpo será alterada pelas vibrações do instrumento, de modo que em apenas alguns minutos pode-se chegar a um estado de relaxamento e bem-estar. Cada instrumento afetará o paciente de sua maneira particular.

Nosso cérebro também pulsa e vibra, como o nosso coração. Ele produz ondas eletromagnéticas que podem ser medidas, assim como o som, em Hz (Hertz). Pesquisas têm demonstrado que ondas sonoras de determinadas freqüências podem afetar a freqüência das ondas cerebrais.
Nossas ondas cerebrais são classificadas de acordo com uma faixa de freqüências que segue abaixo:
Ondas Beta (14 a 20 Hz): nosso estado de vigília e quando estamos focando nossa atenção em atividades do mundo exterior;
Ondas Alfa (8 a 13 Hz): ocorre quando sonhamos acordados, e é freqüentemente associado a estados meditativos;
Ondas Theta (4 a 7 Hz): encontrados em estados de alta criatividade e também em estados de transe. Ocorrem também no sono ou meditação profundos;
Ondas Delta (0.5 a 3 Hz): ocorrem em estados de sono profundo ou inconsciência. Parece que a meditação profunda produz estas ondas em indivíduos conscientes.
Um dos campos da cura pelo som é conhecido como “batimentos bineurais”. A técnica consiste em jogar um som de uma determinada freqüência em um ouvido, e outro com uma freqüência diferente no outro ouvido. O cérebro então calcula a diferença entre as freqüências e o encadeamento acontece. Digamos que ouço 50 Hz no ouvido esquerdo e 54 Hz no ouvido direito. A diferença entre os dois é 4 Hz, que é a freqüência que o cérebro vai processar, de forma a criar um encadeamento para levar-nos as ondas theta (que vibram de 4 a 7 Hz).

Cura é tornar-se total, íntegro, saudável, conectado. A cura pelo som é um tipo de medicina vibracional, que está baseada na idéia de que a doença é caracterizada por um bloqueio de nossos canais energéticos em algum nível, sejam meridianos, artérias, veias ou nervos. Quando há um bloqueio, o órgão em questão pára de vibrar em uma freqüência saudável e isto resulta em algum tipo de doença. Através do som podemos quebrar, dissolver e liberar estes bloqueios. Às vezes isso acontece a nível físico (ex: equipamento quebrando pedras nos rins), e outras a um nível energético mais sutil, como um pensamento ou sentimento (ex: vibração de uma tigela de cristal desfazendo uma crença ou limpando um sentimento negativo).
Devemos estar conscientes de que o som é uma poderosa ferramenta para restaurar a nossa saúde em todos os níveis. Sua utilidade vai muito além de relaxar e harmonizar: ele é também capaz de rearranjar moléculas e restaurar o correto funcionamento celular. Estamos ainda engatinhando na compreensão mais profunda das imensas implicações do uso terapêutico do som.

Mas e a música? O título deste artigo refere-se ao som, e não a música. E por quê? Todos nós sabemos o poder que a música tem de alterar nossos sentimentos, de evocar lembranças passadas, de nos unir, etc. Também nas trilhas sonoras de filmes a música desempenha um papel fundamental (imagine assistir Star Wars sem a música). E de muitas outras formas, os efeitos da música têm sido estudados há várias décadas, trazendo uma compreensão cada vez maior de como ela atua sobre nosso corpo físico, e também sobre nossos pensamentos e emoções.
A música é composta por vários sons (notas musicais) de um ou mais instrumentos, consistindo numa organização temporal de sons e silêncios (pausas). Possui um ritmo (pulso, batida) e uma melodia (aquela que cantarolamos), além da harmonia.
A musicoterapia é a terapia que utiliza a música como fio condutor, e surgiu no final da segunda guerra mundial com o objetivo de utilizar o poder da música para cura em vários níveis (5). Ela já está bem estabelecida, e no Brasil já existem cursos de graduação e pós-graduação de universidades renomadas. Como profissão ainda é incipiente, mas o futuro aponta para uma aplicação cada vez mais intensa da musicoterapia em hospitais, centros de reabilitação motora e muitos outros campos.
O foco da musicoterapia, como o próprio nome diz, é a música. Seja através do uso de instrumentos musicais ou de audições, numa postura mais ativa ou passiva, o musicoterapeuta utilizará a música como fio condutor para atingir o seu objetivo final, que é a melhora do paciente.

A partir da década de 70, com a crescente popularidade da cura pelo som, muitos instrumentos foram (re)descobertos ou desenvolvidos para intensificar esta prática. Dentre os instrumentos utilizados podemos citar:
  • Voz humana (entonação, canto dos harmônicos, etc..)
  • Tigelas de Cristal de Quartzo;
  • Tigelas de Cristal Alquímicas;
  • Tigelas tibetanas (metal);
  • Didgeridoos (bambu, pita, PVC, eucalipto, cristal de quartzo, etc..);
  • Diapasões (metal e cristal de quartzo);
  • Pirâmides de Cristal de Quartzo;
  • Gongs;
  • Tambores (xamânicos, ocean, hang drum, etc..);
  • Maracas;
  • Mesa Lira;
  • Sintetizadores;
  • Entre outros…

A cura pelo som tem ganhado um crescente número de adeptos com o passar dos anos. Talvez isso se dê porque o som tem uma característica muito interessante: ele pode “fisgar-nos”. É um tipo de conexão que não conseguimos explicar por palavras. Só conseguimos dizer: “Fui profundamente tocado por este som”.
Talvez seja porque ele apresenta resultados rápidos, ou talvez porque seja fácil tocar alguns dos instrumentos citados acima.
Nada disso importa. No momento em que vivemos no planeta, o redespertar e o redescobrir destes sons magníficos é mais do que necessário. Quem sabe em um futuro próximo possamos inserir em nossa educação o ensino da cura pelo som desde a mais tenra idade. Assim teríamos pessoas cada vez mais equilibradas, amorosas, justas e compassivas.
Mas enquanto isso não acontece, eu o encorajo fortemente a procurar se aprofundar neste tema tão intensamente vasto. Ele traz um tesouro de recompensas, não apenas para aquele que é terapeuta e quer inserir o potencial curativo do som em sua prática (estes com certeza serão muito beneficiados), mas também e principalmente para qualquer pessoa que esteja disposta a adicionar o elemento “som” em sua vida diária, na forma de qualquer instrumento, ativa ou passivamente.
Aqui na Som de Cristal nós utilizamos principalmente as Tigelas de Cristal de Quartzo para conduzir os nossos processos de cura, cerimônias e concertos. Temos também outros instrumentos de cristal de quartzo, como as pirâmides, o diapasão e o didgeridoo.
Finalizo com frases de um cientista quântico e de um místico, ambos reverenciando o poder da música e do som:

A música é a voz de Deus viajando através do hiper-espaço
Michio Kaku – Cientista Quântico

A música nada mais é do que o retrato do nosso Bem Amado
Inayat Khan – Mestre Sufi
Por Luiz Pontes
2 de Março de 2015  
Reprodução autorizada desde que citada a fonte.

1)   A criação do mundo – Kaká Werá Jecupé – Edições Arapoty – pg 27
2)   O Caibalion – Três Iniciados – Editora Pensamento – pg. 23
3)   Os Sons que Curam – Jonathan Goldman – Editora Siciliano– pg. 22
4)Documentário Thrive – Prosperar (legendado) Trecho 49min53seghttps://www.youtube.com/watch?v=IMHG4HgopcY
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Transmissões Cristalinas
As Transmissões Cristalinas são uma meditação coletiva com intenção focada amplificada pelo som das Tigelas de Cristal de Quartzo, todos juntos no mesmo dia e hora, de onde estiver. O objetivo é criar um campo energético forte o suficiente para impulsionar a materialização da intenção. É um experimento coletivo baseado em inúmeras evidências científicas que mostram que mentes focadas em um única intenção (pessoal ou coletiva) podem afetar a realidade em vários níveis, independente da distância em que os sujeitos se encontram.
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